sábado, 8 de novembro de 2008

Por que usar a filosofia?


Lidar mais serenamente com as adversidades, enfrentar com coragem os desafios, viver melhor e sofrer menos. Numa definição magistral, o sábio francês Montaigne definiu a filosofia como a “arte de viver bem”, embora o que não se usa na prática é jogado no lixo. Alguém definiu os filósofos como os eternos amigos da humanidade, já outros acreditam que o homem sábio cuida do dia de hoje e basta; A verdade precisa falar uma linguagem simples, sem artifícios.
Cada ser humano,seja ele intelectual ou iletrado, é uma grande pergunta em busca de uma grande resposta. A filosofia perguntou muito ao longo dos milênios enquanto a psiquiatria, por ser jovem, perguntou pouco e respondeu rápido, quem responde com respostas efêmeras, corre riscos enormes, quem despreza a dúvida paralisa sua inteligência. O mundo da ciência está preocupado com sua própria evolução, enxergando unicamente a razão e esquecendo que existe um mundo complexo cheio de necessidades intrincadas, o bem que faz um diálogo, o confrontar das idéias...
A verdade é que vivemos em um mundo de incertezas (pelo menos pra mim é), onde o ser humano raramente compartilha seus sentimentos com os demais. No fundo, todos são abraçados por alguns tentáculos de solidão, uns com maiores doses outros com goles, mas todos têm. Alguns falam muito, mas se calam sobre aspectos íntimos de suas vidas. Isso me fez refletir e chegar a uma conclusão em que alguns tentáculos de solidão levam a reflexão, mas a solidão radical estimula a depressão. As pessoas estão sofrendo a era da informação e tecnologia, que apesar de seu salto, não resolveu os problemas humanos fundamentais. A ciência é um produto do ser humano e não um Deus ou filósofo, que ao contrário de máquinas e razões objetivas, agem com sabedoria e respostas cautelosas, buscando uma finalidade completa ou perto do que precisamos ouvir pra existir e não viver apenas.
Infere-se que a filosfia é necessária para o bem-estar das pessoas,entretando elas sofrem com o início da “cultura moderna” onde as respostas são apresentadas de maneira rápida, incompletas e incapazes de preencher o vazio que todos temos.
A sensibilidade que se precisa para reconhecer tal valores são, muitas vezes, inatingíveis mas, isso já é outra história...

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